sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

largo intenso
sonoro esbelto

assim escuto-o

Assassinatos sem palavras correm entre minhas veias
em teu sorriso o gozo morto de outrora
gestos de agora

abraço as viscissitudes não dissimuladas
racato entre o corpo e a carne

teu peito - louco me abarco

seremos sóbrios sombrios
eternos etéreos

colho rosas vermelhas escuras negras pálidas
diversas entre si inocentes entre nós diáfanas acolá

ovelhas no pasto sem vizinho
nosso pequeno mundo louco



"somos como pequenas intensidades luminosas entre a noite e o dia [...] as quais diferem de todas as outras por se curvarem ante a carne e o leito sem rancor..."
- JACOB, Alfred.

entre os ermos vazios do passado deixe-mo-los sem o volume amargo da tristeza,
enfeite-mo-los com um doce e louco sonho sem agrura


somos pequenos enfeites de uma natal, o qual ainda está por vir, mas enfeitemolo
para ser mai uma reliquiosa lembrança de uma avenida

trajeto inconsequente de duas almas...


digo apenas que somos agora ....


digo, digo-te, te amo...


...
...
...
...
...


vento em silêncio...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Passagem de uma rosa

cores
luzes
claustrofobia

inocente mergulhar de lábios
entre gemidos e noites
escuto sua voz minguante
olhar lacrimejante

dou-lhe torpor
recobro inocência
entrego-me em vários
[peixes e aquário]

são os retratos anuários
entre corpos e livros
vida de histórias e sumários

sou-lhe todo
deito por inteiro

leito
e aconchego

rosa de cor e flor
ardor e amor

...
...
...
...
...


"... a ti as plantas que nunca plantei e as que nunca plantarão, mas dou-te aqui as que estão..."






te amo...